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ANGOLA SOBE 14 LUGARES NO ÍNDICE GLOBAL DE PAZ 2022

  16 Jun 2022

ANGOLA SOBE 14 LUGARES NO ÍNDICE GLOBAL DE PAZ 2022

Angola subiu 14 lugares na edição deste ano do Índice Global de Paz 2022, alcançando a 78ª posição entre 163 países, que se baseou em 23 indicadores quantitativos e qualitativos para a avaliação.

A 16ª edição do Índice Global de Paz do Instituto de Economia e Paz da Austrália (IEP) publicada, ontem, faz uma análise sobre as tendências da paz, o valor económico e como desenvolver sociedades pacíficas, cujos indicadores apontam três domínios, nomeadamente, o nível de segurança e protecção social, a dimensão do conflito doméstico e internacional em curso e o grau de militarização.

Em declarações a imprensa, a este propósito, o especialista em Relações Internacionais Matias Pires considerou a análise do Instituto de Economia e Paz da Austrália "uma grande conquista do ponto de vista do reconhecimento internacional do país”.

No seu entender, essa avaliação positiva chega, também, numa altura em que, recentemente, o Presidente da República, João Lourenço, foi designado Campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação em África, no final da Cimeira de Malabo, na Guiné Equatorial. Ressaltou, igualmente, o facto de Angola estar a viver um período de paz efectiva há 20 anos, para quem configura "exemplo de um modelo de gestão e resolução de conflitos, que é singular no continente africano”.

"Este relatório assegura a estabilidade aos mercados em como Angola é um país de paz e estabilidade e pode ser um bom destino para investimentos”, disse, acrescentando que este reconhecimento internacional deve fazer com que cada angolano na sua esfera de actuação lute para preservar estas conquistas.

O especialista destacou que hoje Angola é estável, pacifica e que em muitos aspectos surpreende pela positiva a comunidade internacional, recordando que, quando o comissário para os Assuntos Políticos, Paz e Segurança da União Africana, Bankole Adeyoe, esteve em Luanda, a 4 de Abril, no âmbito da preparação da Cimeira de Malabo, ficou maravilhado ao tomar conhecimento que o país tinha um Feriado para celebrar a Paz e a Reconciliação Nacional.

Por sua vez, o professor universitário Osvaldo Mboco disse que o Estado angolano, nos últimos tempos, tem estado a empreender uma nova dinâmica na busca de soluções para os conflitos do continente africano, sobretudo, na Região dos Grandes Lagos, sob a liderança do Presidente João Lourenço. "O Chefe de Estado, João Lourenço, no âmbito da diplomacia para a gestão e resolução de conflitos, tem conquistado um grande prestígio nesta matéria”, indicou Osvaldo Mboco, para quem esta avaliação no Índice Global de Paz 2022 demonstra que o país está no caminho certo.

Já o economista Augusto Fernandes afirmou que a subida de 14 lugares é sinónima de que as instituições estão cada vez mais fortes, estáveis e independentes, factores cumulativos fundamentais para que o país seja atraente para o investimento não petrolífero.

"A paz atrai investimentos menos especulativos, porque em territórios onde reina a guerra os investidores querem sempre recuperar o investimento num único ciclo de giro do capital”, acentuou.

Entretanto, Moçambique teve uma das maiores quedas no Índice Global de Paz, para a 122ª posição, devido ao terrorismo no país. Caiu 11 lugares, a segunda queda mais alta no indicador de protecção e segurança, atrás apenas da Ucrânia, devido ao conflito no país com grupos terroristas, refere a análise do Instituto de Economia e Paz (IEP), o que resultou num aumento do número de refugiados, de manifestações violentas e de terror político. Dos restantes países lusófonos analisados, Timor-Leste manteve-se em 54º lugar, a Guiné Equatorial desceu seis posições para a 59ª e a Guiné-Bissau caiu nove para a 110ª colocação da lista de 163 países. O Brasil manteve-se no 130º lugar.

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