As autoridades angolanas prevêem recuperar, pelo menos 50 mil milhões de dólares, nos próximos cinco anos, no âmbito do combate à corrupção e a recuperação de activos, cujos valores foram desviados dos cofres do Estado ilicitamente.
Esta informação foi esta quinta-feira pela directora do Serviço Nacional de Recuperação de Activos da Procuradoria-Geral da República de Angola, Eduarda Neto, que falava na sétima edição do CaféCIPRA, que abordou o tema o "Combate à corrupção e a recuperação de activos", acrescentado que "até ao momento estão identificados no exterior do país, mais seis mil milhões de dólares que aguardam por uma decisão judicial do Estado angolano".
A recuperação total destes activos, disse, aguardam apenas de uma decisão judicial transitados em julgado "para depois irmos ao estrangeiro requerer a execução da decisão decretada em Angola".
Esta edição do CaféCIPRA contou, também, com as intervenções do ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz, directora Nacional de Recuperação de Activos, Eduarda Rodrigues, e o Inspector Geral de Administração do Estado, Sebastião Gunza.
O combate à corrupção e a recuperação de activos constituem uma das principais promessas do Executivo liderado pelo Presidente da República, João Lourenço, que iniciou um amplo debate sobre um tema, até então um tabu, e mobilizou a sociedade em geral.