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CONSÓRCIO FICA COM  A GESTÃO DO CORREDOR DO LOBITO  DURANTE 30 ANOS

  20 Jul 2022

CONSÓRCIO FICA COM A GESTÃO DO CORREDOR DO LOBITO DURANTE 30 ANOS

O Executivo angolano, através do Ministério dos Transportes, atribuiu ao consórcio Trafigura Group Pte Ltd, Vecturis, SA e Mota-Engil, Engenharia e Construção África, SA, a concessão do Corredor do Lobito, para a assegurar a gestão nos próximos 30 anos.

Segundo um comunicado de imprensa enviado esta terça-feira a imprensa, nos próximos 30 anos, o consórcio formado pelas três empresas vai assumir a operação, a exploração e a manutenção do transporte ferroviário de mercadorias entre o Lobito e o Luau, assim como a manutenção de toda  infra-estrutura existente ao longo do Corredor.

O documento refere que o valor do prémio de assinatura desta concessão é de 100 milhões de dólares, valor em linha com o montante doutras concessões no sector dos transportes em Angola, tendo permitido diferenciar os concorrentes com base na sua capacidade financeira face à dimensão dos activos em causa.

Com as rendas negociadas, o Estado vai arrecadar, em cada período de 10 anos, os seguintes montantes: 319.436.703,19 (Trezentos e Dezanove Milhões, Quatrocentos e Trinta e Seis Mil, Setecentos e Três Dólares e Dezanove Cêntimos) nos primeiros 10 anos, 787.455.410,86 (Setecentos e Oitenta e Sete Milhões, Quatrocentos e Cinquenta e Cinco Mil, Quatrocentos e Dez Dólares, Oitenta e Seis Cêntimos) entre o décimo primeiro e o vigésimo, e 919.053.959,17 (Novecentos e Dezanove Milhões, Cinquenta e Três Mil, Novecentos e Cinquenta e Nove Dólares e Dezassete Cêntimos), nos últimos 10 anos.

Em relação à carga a transportar, esclarece o documento, as previsões apontam para os seguintes ganhos: 1.677,70 toneladas no 5º ano de concessão, 2.982,31 de toneladas no décimo ano, 4.979,23 toneladas no vigésimo ano, e 4.979,23 toneladas no trigésimo e último ano.

Nos termos da concessão agora adjudicada o concessionário vai investir $256.039.095,00 (Duzentos e Cinquenta e Seis Milhões, Trinta e Nove Mil e Noventa e Cinco Dólares) em infra-estruturas, $73.396.479,00 (Setenta e Três Milhões, Trezentos e Noventa e Seis Mil, Quatrocentos e Setenta e Nove Dólares) em equipamentos e material circulante, e um valor adicional de $4.345.235,00 (Quatro Milhões, Trezentos e Quarenta e Cinco Mil, Duzentos e Trinta e Cinco Dólares) em actividades diversas.

"Esta concessão tem a duração de 30 anos, podendo ser extensível a 50 anos caso o concessionário opte por construir o ramal ferroviário Luacano (Moxico) – Jimbe (Zâmbia)”, sublinha o comunicado.

Contribuição no PIB

De acordo com o titular Transportes, estima-se que a concessão poderá representar uma contribuição para o Produto Interno Bruto (PIB) entre 1,6 a 3,4 mil milhões de dólares”,

Ricardo Veigas de D´Abreu ressalta no mesmo comunicado que "a comprovada capacidade técnica e a robustez financeira das empresas integrantes do consórcio são uma garantia para a correcta operacionalização do transporte das mercadorias no Corredor do Lobito”.

Experiências

Com mais de 70 anos em Angola, avança o documento, a Mota Engil é uma das principais prestadoras de serviços de construção de infra-estruturas a nível mundial. Alia-se no consórcio vencedor à multinacional líder em distribuição de metais e minerais em todo o mundo.

Já a Trafigura, e à Vecturis, operadora ferroviária de origem belga, com forte actividade de transporte ferroviário (passageiros, minérios e carga comercial) em países africanos como a República Democrática do Congo, Tanzânia, Camarões, Madagáscar, Côte d’Ivoir, Burkina Faso e Argélia, e também no Brasil, Rússia e Paquistão.

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