O euro baixou, terça-feira, e voltou a negociar no nível de 1,01 dólares pressionado pela crise do gás na Europa e pelos receios de uma recessão global, que levam os investidores a evitar o risco.
Até ao cair da tarde (tempo de Lisboa), o euro seguia a 1,0126 dólares, quando na segunda-feira negociava a 1,0218 dólares.
O Banco Central Europeu (BCE) fixou o câmbio de referência do euro em 1,0124 dólares.
A rentabilidade da dívida do Tesouro norte-americano há dois anos atingiu 2,99 por cento e a das obrigações há 10 anos 2,8 por cento, esta inversão na curva de rendimentos, a mais acentuada desde 2000, é um sinal de recessão.
Na União Europeia, os ministros da Energia chegaram esta terça-feira a acordo político sobre a meta para reduzir 15 por cento do consumo de gás até à Primavera, pelo receio de interrupção no fornecimento russo, num "consenso esmagador” após novas excepções.
O grupo russo Gazprom tinha anunciado, na segunda-feira, que vai reduzir drasticamente, a partir de quarta-feira, o fornecimento de gás russo à Europa através do gasoduto Nord Stream, justificando a redução com a manutenção de uma turbina.
"A capacidade de produção da estação de compressão Portovaïa passará para 33 milhões de m3 diários em 27 de Julho às 07:00" (05:00 em Lisboa), indicou a Gazprom, ou seja, cerca 20 por cento da capacidade do gasoduto contra os 40 por cento actuais.