O resultado líquido consolidado da Sonangol, em 2021, ascendeu aos 1,3 biliões de kwanzas, equivalentes a cerca de 2,1 mil milhões de dólares, o que representa um crescimento de 152 por cento face ao ano de 2020.
Segundo o relatório e contas disponibilizado, desde esta terça-feira, pela petrolífera estatal, este resultado representa a melhor performance do grupo Sonangol desde 2014, altura em que ainda desempenhava a função de Concessionária Nacional.
O documento fixa o volume de negócios consolidado em 5,5 biliões de kwanzas, equivalentes a cerca de 8,9 mil milhões de dólares, representando um aumento de 46 por cento em relação ao exercício anterior.
Relativamente ao Lucro Antes dos Impostos (EBITDA, na sigla inglesa), o consolidado foi de 2,1 biliões de kwanzas, correspondente a 3,4 mil milhões de dólares, representando um aumento de 70 por cento face ao período homólogo.
Deste modo, adianta o relatório e contas, a petrolífera nacional encerrou o ano 2021 com um resultado económico e financeiro substancialmente robusto, fruto de um excelente desempenho operacional como consequência de acções e medidas tomadas ao longo do ano.
Entre as medidas, justifica, destacam-se a consolidação do modelo operacional focado na cadeia nuclear, o rigor financeiro e o processo de redução e racionalização de custos iniciado em exercícios anteriores. Registou-se, igualmente, o contributo das condições macroeconómicas favoráveis, com realce para o preço médio do petróleo bruto que levou as ramas produzidas pela Sonangol a serem comercializadas a 71 dólares, por barril de petróleo bruto, comparado aos 41 dólares registados em 2020.
Energias renováveis
A Sonangol já assumiu-se como uma empresa do futuro, estratégia que passa pela aposta séria na transição energética, através da promoção de projectos de energias renováveis.
Um dos projectos em curso é o de produção de energia solar de Caraculo, na cidade de Moçamedes, província do Namibe, num investimento de mais de 40 milhões de dólares assegurados pela Solenova, Sociedade constituída pela Sonangol e a italiana Eni, com 50 por cento do capital social para cada uma.
O projecto da central fotovoltaica de Caraculo, no município da Bibala, terá uma capacidade total de 50 megawatts, sendo 25 MW na primeira fase e outros 25 MW na segunda etapa. Os painéis de captação de energia solar serão instalados numa área de 33 hectares (1 hectare é igual a 10 mil metros quadrados, medida próxima à de um campo de futebol oficial, de 12 mil m2). Os benefícios deste projecto que vão desde o fornecimento de electricidade a mais de sete mil casas em Caraculo, no início de 2023, até a poupança significativa de combustível diesel (gasóleo).