Angolanos residentes na cidade de Oshakati, na Região de Oshana, manifestaram-se expectantes por votar, pela primeira vez, nas eleições gerais de 24 de Agosto.
Alguns angolanos com capacidade eleitoral activa e residentes naquele país vizinho manifestaram a ansiedade por poderem exercer o seu direito de voto.
Os cidadãos angolanos na diáspora vão puder votar, pela primeira vez, nestas eleições, fruto da revisão constitucional feita pela Assembleia Nacional, sob iniciativa do Presidente da República.
Raquel Tchipalanga, residente há 15 anos na Namíbia, afirmou que o voto é a ferramenta mais importante da democracia e, para tal, espera-se que os candidatos às eleições de 24 de Agosto exponham os seus programas de governação com honestidade.
Durante o período de campanha eleitoral, prosseguiu, é fundamental que os partidos transmitam o seu plano, para que, de forma consciente, os angolanos possam votar no partido que vai conduzir os destinos do país.
Para o angolano Eliseu Francisco, 35 anos, 15 dos quais a residir na cidade do Oshakati, o voto vai permitir-lhe escolher os dirigentes do seu país. Admitiu que para os angolanos residentes no estrangeiro a expectativa por votar é grande, porque, pela primeira vez, vão poder escolher o Presidente da República.
Alberto Katambue, de 51 anos, manifestou a sua predisposição em cumprir com o seu dever cívico e patriótico nas urnas.
Disse esperar que todo o angolano que vive no estrangeiro, com idade eleitoral e que tenha feito seu registo nos órgãos afins, participe neste processo, de forma massiva e ordeira, de modo a contribuir para a consolidação da democracia.
João Alfredo, 63 anos, lembrou que não votou nas eleições de 2017, porque não era permitido aos angolanos no estrangeiro exercerem este direito, mas agora que já pode, aguarda com muita ansiedade o dia 24 de Agosto para o exercício do voto.
Jorge Manuel declarou que as eleições se ganham nas urnas, por via do voto, e, para o efeito, é necessária a participação de todos os cidadãos neste processo.
A sua expectativa é que os candidatos sejam responsáveis e honestos com o seu manifesto eleitoral, de modo que os eleitores possam fazer a escolha certa, a favor do bem-estar do povo.
Segundo dados do Consulado-Geral de Angola no distrito de Oshakati, são controlados 30 mil e 196 angolanos residentes, dos quais 384 eleitores foram registados e em condições para exercem o seu voto.
"Haverá apenas uma assembleia e uma mesa de voto, que estará montada no Consulado", adiantou fonte do consulado. Angola já realizou quatro pleitos eleitorais, em 1992, 2008, 2012 e 2017, todos sem a participação da diáspora.
Este será o quinto sufrágio na história do país, para o qual estão registados mais de 14 milhões de eleitores, dos quais 22,5 mil na diáspora.
Para o sufrágio de 24 de Agosto, concorrem sete partidos políticos e uma coligação.