O Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social vai trabalhar junto de outras entidades dos órgãos centrais do Governo, no sentido de criar condições para que a Agência Angola Press (Angop) passe a funcionar, nos próximos anos, em instalações próprias.
O ministro Mário de Oliveira, que deu tais garantias, esta quinta-feira, durante a visita às instalações da única agência noticiosa nacional, realçou que esforços vão ser redobrados para a Angop deixar de trabalhar em instalações arrendadas.
Além da criação de instalações próprias, que considerou um dos maiores problemas da Angop, o governante avançou a necessidade de uma formação ampla, que envolve todo um sistema da comunicação, em que estejam agregados jornalistas, operadores de câmara, técnicos de som, engenheiros e outros profissionais da estrutura da empresa.
Mário de Oliveira apontou, também, a modernização tecnológica como algo contínuo com o qual se deve trabalhar para a excelência. "Temos que ir atrás da ciência e, por isso, vamos trabalhar nesse sentido, uma vez que a tecnologia evolui todos os dias e precisamos de estar atentos àquilo que se passa no resto do mundo, para prestarmos o melhor serviço à nação” referiu.
O ministro reiterou a importância da melhoria das condições socioeconómicas e profissionais dos trabalhadores, daí reforçar o apelo de se trabalhar em equipa, com vista ao alcance dos objectivos do sector.
Para o governante, é necessário um trabalho de aproximação de comunicação aos cidadãos, de forma a ir ao encontro da premissa do Executivo, que tem a ver com o lema "Trabalhar Mais e Comunicar Melhor”.
Quanto às condições tecnológicas da agência, o ministro considerou-as satisfatórias, por constatar o desenvolvimento do trabalho a nível de tecnologias nos últimos anos.
"Temos uma agência noticiosa pujante, que permite estar juntos dos nossos concidadãos e noticiar a realidade do nosso país além fronteiras”, destacou o responsável ministerial.
Mário de Oliveira reafirmou a aposta na continuação da formação de quadros do sector, um trabalho levado a cabo em parceria com o Centro de Formação de Jornalistas (Cefojor).
Visitas foram proveitosas
O ministro considerou positiva as visitas que realizou, nos últimos dias, aos principais órgãos de informação estatais, principalmente no que se refere à questão tecnológica.
"O balanço geral é positivo, uma vez que tive a oportunidade de observar que certos projectos estão a ser desenvolvidos, enquanto, há dois anos, quando fui secretário de Estado, estavam apenas no papel, sobretudo os do ponto de vista tecnológico”, disse.
O ministro referiu que as visitas se enquadram, também, numa nova estratégia que quer desenvolver não só com as características de constatação, mas para garantir acompanhamento regular e de perto das actividades da Comunicação Social e das Telecomunicações e Tecnologia de Informação.
Agência mais expansiva
O presidente do Conselho de Administração da Angop (PCA), Josué Isaías, considerou que a empresa está desenvolver esforços para continuar a expandir cada vez mais o sinal da agência a todas as comunas, municípios e províncias.
Josué Isaías apresentou ao ministro uma série de projectos e conquistas, em que realçou que, se a aquisição de instalações e a expansão da agência de notícias são uma pretensão, a questão do pagamento da dívida à Segurança Social foi um desafio vencido.
Em relação à arrendamento, o PCA da Angop referiu que a empresa tem necessidade urgente de ter instalações próprias, por estar a pagar, em arrendamento à ENSA, um milhão de kwanzas por mês.
Josué Isaías destacou que este facto atrapalha o funcionamento da agência, tendo em conta que as instalações não se compadecem com a matriz de trabalho da instituição.
Apesar das dificuldades, o PCA da Angop realçou os ganhos da abertura dos escritórios e subsecretários, correspondência em Viana e Icolo e Bengo, bem como se prevê a instalação de representação na Quiçama.