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FABRIMETAL CRIA LINHA PARA REUTILIZAR  RESÍDUOS

  18 Oct 2022

FABRIMETAL CRIA LINHA PARA REUTILIZAR RESÍDUOS

Uma nova unidade de produção vai ser aberta, nos próximos tempos, pela Fabrimetal, no Pólo Industrial de Viana, em Luanda, para o reaproveitamento da “escória”, um sub-produto da refinação do aço, que pode ser utilizado também no sector da construção, informou, recentemente, o director comercial da empresa siderúrgica.

Adriano Capewando, que falava na cerimónia de entrega de certificado de adesão e da licença para a inclusão do selo "Feito em Angola” nos produtos nacionais, disse que o reaproveitamento da "escória” é mais uma forma de rentabilização do negócio siderúrgico, podendo o produto reciclado ser usado, por exemplo, como agregado siderúrgico inerte para a construção.

O director comercial da Fabrimetal acentuou que, para o arranque da nova unidade de produção, já começou a ser feito "um processo de organização, separação e tratamento da "escória” para que, nos próximos tempos, o novo produto seja colocado no mercado”.

De acordo com o responsável, o novo produto vai ser consumido, numa primeira fase, apenas a nível nacional, e pode ser aproveitado, a título de exemplo, na construção de estradas, no nivelamento de terrenos e na fabricação de catalisadores e lastros ferroviários. Um outro passo, que já está em vias de conclusão, tem a ver com os estudos geológicos que estão a ser desenvolvidos no terreno onde vai ser montada a nova unidade de produção da Fabrimetal, adiantou Adriano Capewando.

Referiu que a entrega da licença, pelo Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), para a colocação do selo "Feito em Angola”, nos produtos da Fabrimetal constitui uma oportunidade para que seja mostrada, a nível nacional e internacional, a capacidade de Angola na produção do aço.

A Fabrimetal, uma empresa de direito angolano que entrou em actividade em 2006, tem, actualmente, uma capacidade de produção mensal de 14 mil toneladas de aço e exporta seis mil para a República De-mocrática do Congo, Mali, Ruanda, Burkina Faso, Gana, Senegal, Zâmbia e Namíbia, entre outros países.

Uma das grandes dificuldades apontadas pelo director comercial da Fabrimetal está no escoamento dos produtos na África do norte e austral, por via marítima e terrestre.

O responsável pela área comercial revelou que, quando o Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB) voltar a operar para a República Democrática do Congo e para a Zâmbia, a Fabrimetal vai dinamizar o escoamento dos seus produtos para outras regiões. A Fabrimetal produz varões FM TMT (tratamento termo-mecânico) e produtos complementares, como varões de aço em laminação, barras de aço, perfis e cantoneiras.

Serviço Feito em Angola

A Fabrimetal é a segunda em-presa angolana a receber a licença do "Serviço Feito em Angola” (SFA), depois da fábrica "Rei dos Doces".

Sobre o assunto, Bráulio Augusto, administrador executivo do INAPEM, afirmou, na cerimónia de entrega do certificado de adesão e da licença do "Serviço Feito em Angola”, que foi dado mais um passo importante para a consolidação do processo.

Acentuou que o INAPEM está a reforçar a mensagem, junto da classe empresarial, sobre a necessidade de adesão ao "Serviço Feito em Angola”, pelos benefícios já conhecidos.

"Queremos dar visibilidade ao que é produzido em Angola e valorizar através de um maior consumo desses produtos”, acentuou o administrador executivo do INAPEM. A Fabrimetal tem, agora, quatro produtos, do seu lote de produção nacional, habilitados a usar o selo "Feito em Angola”.

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