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PRESIDENTE DA REPÚBLICA APELA À UNIÃO PARA REALIZAÇÃO DOS COMPROMISSOS

  30 Dec 2022

PRESIDENTE DA REPÚBLICA APELA À UNIÃO PARA REALIZAÇÃO DOS COMPROMISSOS

O Presidente da República, João Lourenço, deseja que o próximo ano seja de prosperidade, de grandes conquistas e realizações para o país.

João Lourenço, que falava na tradicional cerimónia de cumprimentos de final de ano, entende que a concretização destas acções exigirá de todos dedicação ao trabalho, mais unidade de acção para o desenvolvimento do país.

Ao desejar prosperidade a todas as famílias angolanas, o Chefe de Estado disse esperar maior reflexão sobre os desafios que o país tem pela frente.

Dirigindo-se aos membros do Executivo, líderes religiosos, autoridades tradicionais, entre outras individualidades, João Lourenço disse esperar que o ano de 2023 seja de prosperidade para os angolanos, para as famílias e para as empresas nacionais e estrangeiras que operam no país.

Na sua mensagem de final de ano dirigida à Nação, o Presidente da República assumiu o compromisso de continuar a "trabalhar com todo o empenho e determinação na criação de condições para garantir um desenvolvimento harmonioso do país, através de políticas eficazes e de obras estruturantes para captar o interesse de investidores nacionais e estrangeiros, na diversificação da nossa economia, na criação de emprego, aproveitando as enormes potencialidades que o país oferece”.

Ministro de Estado Manues Nunes Júnior

O ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, destacou que para o próximo ano o Executivo tem programas importantes que vão ajudar a desenvolver a economia do país.

Manuel Nunes Júnior referiu-se ao PLANAGRÃO, programa que vai contribuir para a auto-suficiência alimentar do país, o desenvolvimento da agricultura e de infra-estruturas de apoio à produção, a criação de emprego e o desenvolvimento das cadeias de valor adjacentes aos grãos, como a pecuária, pesca, indústria de moagem, entre outras.

O ministro indicou que o Executivo pretende no próximo ano implementar um programa no âmbito da pecuária. "Temos um programa muito importante, já bem definido, que vai permitir que Angola possa aumentar, significativamente, a sua produção pecuária”, disse.

Manuel Nunes Júnior referiu-se também ao PLANAPESCAS, um programa que vai, entre outras actividades, impulsionar a gestão sustentável dos recursos aquáticos vivos e a diversificação de fontes de receitas públicas, promover a competitividade e o emprego no sector.

O ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, disse que em 2021, pela primeira vez em cinco anos, o país saiu da recessão e teve um crescimento de 0.7 por cento apoiado pelo sector não petrolífero que teve um crescimento de 6.4 por cento. "Mesmo havendo um decrescimento do sector petrolífero de 11.4 por cento, o sector não petrolífero teve um crescimento global de 0.7 por cento”, disse.

Manuel Nunes Júnior acrescentou que o Executivo prevê para o próximo ano um crescimento de 3.3 por cento, "sempre apoiado pelo sector não petrolífero e o sector privado”.

Lembrou que o país viveu momentos difíceis e, por isso, o Executivo teve de fazer ajustamentos macroeconómicos importantes.

"Equilibramos as nossas contas internas, o nosso orçamento, que vivia défices sistemáticos e com despesas muito acima das receitas durante muitos anos conseguimos equilibrar, assim como as nossas contas”, sublinhou.

O ministro de Estado reafirmou que este ajustamento permitiu ao Executivo diminuir para 60 por cento o nível da dívida pública que estava em 130 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). "Neste momento, os níveis da dívida diminuíram para 60 por cento o que é bastante positivo para a confiança, não só dos investidores e operadores domésticos mas, também, a nível internacional”, sublinhou.

O ministro de Estado para a Coordenação Económica garantiu que o mercado cambial no país está a funcionar normalmente com uma taxa de câmbio flexível de acordo com as condições de mercado, "e isso é outro elemento muito importante de competitividade e organização da economia de um modo geral”, disse.

Para Manuel Nunes Júnior, o paradigma actualmente é de crescimento baseado no sector privado. "O Estado tem apenas a preocupação de criar as condições macroeconómicas e já conseguimos esta estabilidade”, disse.

Líder do PRS

O presidente do Partido de Renovação Social (PRS), Benedito Daniel, reconhece que o país está a assumir novos desafios e por isso espera que estes impulsos sejam materializados por forma a corresponder aos desígnios e aspirações dos cidadãos. Encorajou o Presidente da República, João Lourenço, a prosseguir com as reformas para que o país possa cada vez mais se desenvolver para o bem de todos. O também deputado elogiou a aprovação da Lei da Amnistia. "Esperamos que 2023 traga sucessos para os angolanos e que os governantes possam trabalhar para construir um país melhor e elevar o nome de Angola no concerto das nações”, disse.

Chefe de Estado deixa esta sexta-feira  Luanda com destino a Brasília

O Presidente da República, João Lourenço, deixa hoje Luanda com destino a Brasília, capital da República Federativa do Brasil, em missão oficial.

De acordo com o secretário do Presidente da República para os Assuntos Institucionais e de Imprensa, Luís Fernando, o Chefe de Estado deixa Luanda para atender ao convite para estar presente na cerimónia de investidura do Presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, numa cerimónia que acontece no domingo, 1 de Janeiro de 2023.

Acrescenta que o acto, que vai recolocar Lula da Silva na Presidência da República do Brasil, contará, basicamente, com três momentos, sendo o primeiro no Congresso Nacional, a que seguirá outro no Palácio Presidencial (Palácio do Planalto) e, por último, na sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros (Palácio do Itamaraty).

A cooperação técnica entre Angola e Brasil começou a desenhar-se em 1980 com a assinatura do Acordo de Cooperação Económica, Científica e Técnica, no dia 11 de Junho daquele ano. No âmbito desse acordo, Angola e Brasil desenvolveram cooperação nas áreas de saúde, cultura, administração pública, formação profissional, educação, meio ambiente, desportos, estatística e agricultura. O Brasil foi o primeiro país a reconhecer a Independência de Angola.

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