As escolas da capital registaram, terça-feira, a presença regular de professores e alunos, no início das aulas do segundo trimestre, que aconteceu em todo o país. Numa ronda efectuada pelo Jornal de Angola, foi possível notar vários alunos em instituições como o Magistério Mutu ya Kevela e no Instituto Politécnico Alda Lara.
A directora do Magistério Mutu ya Kevela disse que houve uma afluência positiva, de alunos e professores da instituição, neste primeiro dia de aulas. Disposta a cumprir com o plano curricular traçado, Catarina dos Reis avisou que os professores ausentes vão ser sancionados com faltas. "O mesmo vai acontecer com os alunos”.
O sub-director pedagógico do Instituto Politécnico Alda Lara, Domingos Agostinho, disse que a afluência no primeiro dia de aulas na instituição também foi positiva. "Estudantes e professores cumpriram com as orientações. O plano de acção para este segundo trimestre é aprofundar, de forma positiva, os resultados no aprendizado dos estudantes”, explicou.
Raimundo Correia, estudante da 11ª classe, do curso Matemática/Física, no Mutu ya Kevela, considerou a adesão de estudantes hoje, muito abaixo da média normal. "Mas os professores compareceram. Só senti a falta de alguns colegas”.
A estudante do curso de Geografia e História, Verónica Gabriel, disse que não viu muitos dos colegas. "Estou habituada a ver a escola mais cheia”.
Na escola primária nº 1.206, no Distrito Urbano da Ingombota, o início das aulas foi positivo, com a presença massiva de alunos e professores. O coordenador do período da manhã da escola, José Vassole, considerou o dia de ontem proactivo, pela adesão acentuada de todos.
Ausências
No Liceu Garcia Neto nº 1.229, na Maianga, houve uma fraca presença de alunos, explicou o sub-director pedagógico Nguinamau Benjamin, que deixou o alerta aos ausentes da aplicação de castigos como faltas, caso não compareçam. "Peço aos pais e encarregados de educação para enviarem os filhos à escola”.
Já no distrito do Zango 4, na escola 5.135 PUNIV, alunos e encarregados de educação disseram estarem contentes com o retorno às aulas, apesar de se notar um nível de absentismo de certos estudantes. O sub-director da referida escola,
Belchior Gregório, disse que os professores marcaram presença em massa, apenas houve fraca presença dos alunos, mas pediu para comparecerem, nos próximos dias.
A fluência em Benguela
As aulas do segundo trimestre, no ensino geral, arrancaram, segunda-feira, com a presença massiva de alunos e professores, na província de Benguela, garantiu o director do gabinete provincial da Educação.
Edmundo Salupula disse, à imprensa, que 25 mil docentes marcaram presença em todas as instituições escolares, nos dez municípios da província. "Todos os quadros do sector, desde professores, aos alunos, pessoal administrativo, auxiliar de limpeza e seguranças, marcaram presença nas escolas da província, o que é positivo”, destacou.
A presença dos professores e alunos, considerou, é uma demonstração clara da vontade e um indicador positivo que visa dar cumprimento ao calendário escolar deste ano lectivo.
A província conta com mais de 790 escolas públicas, 90 privadas e um total de 67 escolas comparticipadas. "As escolas públicas existentes são fruto de um incremento de 35 novas salas de aula, construídas no quadro do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM)”, realçou.
As novas infra-estruturas, acrescentou, garantiram que um maior número de alunos pudesse ser inserido no sistema de ensino, de forma directa, principalmente, nos municípios do interior da província.
Realidade
Numa ronda efectuada pelo Jornal de Angola, foi possível constatar que milhares de alunos, pais e encarregados de educação, bem como professores estavam, nas primeiras horas do dia, nas escolas.
No Liceu Comandante Kassanji, o primeiro dia de aulas serviu para uma maior interacção entre alunos e professores. A directora da escola, Kátia Peres, informou que a instituição fez uma reestruturação do calendário de aula.
O mesmo cenário era possível ver nas escolas Luís Gomes Sambo e na 1.008, todas no centro da cidade de Benguela, assim como as escolas 1.005 na Missão Nossa Senhora da Nazaré, na zona A, e na 10 de Fevereiro.
Absentismo no Cuando Cubango
O primeiro dia de aulas no Cuando Cubango ficou marcado, ontem, pelo absentismo dos alunos em algumas escolas públicas e privadas do município de Menongue. Na ronda feita, foi possível constatar a presença dos professores nas escolas, mas a ausência de muitos alunos.
O director do Gabinete Provincial da Educação, Inácio Samba, apelou aos pais e encarregados de educação para mandarem os filhos à escola, assim como pediu paciência e compreensão pelos danos da pausa escolar.
Aos professores pediu para continuarem a comparecer à escola, sob a pena de castigo com descontos salariais. Este ano, destacou, foram matriculados 154.531 alunos nos diferentes subsistemas de ensino, em 274 escolas, em todos os municípios da província do Cuando Cubango.
O director do complexo escolar nº 1, denominado "4 de Fevereiro”, em Menongue, considerou razoável a comparência dos alunos, devido à chuva que cai desde o dia 1 deste mês. "Muitos não têm condições para ir à escola”.
André Paulo disse que os professores apareceram em massa, mas foi notável a ausência de muitos alunos. "Os pais devem ser um pouco mais rigorosos e responsáveis”, apelou.
Assiduidade em Malanje
As aulas no ensino geral retomaram, ontem, com normalidade na província de Malanje. Numa ronda efectuada pelo Jornal de Angola foi possível ver muita assiduidade da parte dos alunos e professores.
A sub-directora pedagógica do Colégio Njinga Mbandi nº 125, Francina Chiluamba, adiantou que a escola criou todas as condições para o regresso dos alunos.
Bernabe João, de 14 anos, um dos alunos do Colégio Njinga Mbandi nº 125, disse estar feliz por regressar às aulas, depois de festejar a quadra festiva.