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KWANZA REGISTA UMA APRECIAÇÃO DE 0,5 POR CENTO EM DEZEMBRO

  04 Jan 2023

KWANZA REGISTA UMA APRECIAÇÃO DE 0,5 POR CENTO EM DEZEMBRO

A taxa de câmbio do Kwanza, no mês de Dezembro, evidenciou a continuidade da tendência de estabilidade observada ao longo do ano, tendo registado uma apreciação de 0,5 por cento em relação ao mês de Novembro e um acumulado de 10 por cento em 12 meses.

De acordo com notas da Bloomberg consultadas, este comportamento da moeda angolana contraria a de várias economias africanas e de países dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

No caso da região Austral, por exemplo, as moedas das economias da região da SADC apresentaram um comportamento híbrido, com realce para a depreciação do Kwacha zambiano em 5,6 por cento.Em termos acumulados, há ainda a destacar o Dólar zimbabweano, que depreciou em 51,2 por cento. Outro destaque no que se refere aos acumulados vai para Rand sul-africano, que apresentou uma depreciação de 6,5 por cento.

O quadro comparativo entre as economias mostra que a moeda angolana foi a que mais se valorizou, com 10,09 por cento, seguindo-se a Rúpia das Seicheles e o Metical de Moçambique, com 2,0 e 0,4 por cento, respectivamente. O Franco congolês (RDC) depreciou, no acumulado do ano, 1,1 por cento; a Rúpia mauriciana 1,3 por cento; Rand sul-africano 6,5 por cento; Kwacha zambiano 7,8 por cento; a Pula do Botswana 7,9 por cento e, como avançado, o Dólar zimbabweano com uma queda de 51,2 por cento.As moedas das principais Economias Emergentes, nomeadamente, os países BRICS, incluindo o México e excluindo a China e a Índia, apresentaram também um comportamento depreciativo, exceptuando-se a África do Sul, que, na comparação da tendência do bloco, observou uma ligeira apreciação do Rand em cerca de 1,0 por cento. O Rublo russo, de acordo com os dados da Bloomberg, observou uma depreciação mensal de 15,2 por cento.

Evolução do Kwanza

Ao olhar-se para a trajectória cambial dos últimos 12 meses fica visível a subida do Kwanza. Por exemplo, a 3 de Janeiro de 2022, 32 500 kwanzas equivaliam a 52,5 euros; 59,5 dólares; 44,0 libra esterlina (Reino Unido) ou 219 Dirhan (Emirados Árabes Unidos). O mesmo valor, hoje, em 2023, vale 60,4 euros; 64,5 dólares; 53,5 libra esterlina e 237 Dirhan. Ou seja, compra-se mais lá fora e até internamente com a mesma quantidade de Kwanza à disposição.

Jornalistas elogiam condução da política monetária

Os jornalistas económicos Cândido Mendes (Bloomberg Angola) e Henriques Kaniaki (Jornal Mercado) elogiaram a condução da política monetária por parte do Banco Nacional de Angola (BNA).

Segundo os jornalistas, que animaram uma conversa promovida pela Consultora Ngola Papel, em forma de webinar (fórum/seminário ou palestra emitido ao vivo ou gravado por via de plataformas digitais), na última quinta-feira, a redução da taxa de inflação e a própria gestão da moeda em circulação realça com distinção positiva o desempenho do banco central.

Uma nota que deram os "interpretadores” dos números para o público misto que servem, através de jornais, Tv, Rádios e media digitais, é em relação a medida de redução da taxa directora por parte do BNA, numa altura que o cenário mundial procedia em tendência inversa.

Cândido Mendes considera uma medida bastante corajosa e de quem sabe o que pretende, mesmo ao admitir a expectativa do mercado de que, eventualmente, se poderia baixar um pouco mais.

Já Henriques Kaniaki resumiu as medidas mais conservadoras adoptadas pelo regulador ao facto de a política monetária contraccionista ser uma "excelente” via para o controlo da inflação.

Reservas Internacionais com alta de mais de 600 milhões de dólares

Os dados do Banco Nacional de Angola (BNA) sobre as Reservas Internacionais de Angola assinalam que, contra os 13,8 mil milhões de dólares do início do mês de Dezembro, no final do referido período houve uma assinalável subida de mais de 600 milhões de dólares, fechando assim o mês num patamar de 14,4 mil milhões de dólares.

As Reservas do país encerraram 2021 numa alta de 15,5 mil milhões, mas nos primeiros meses do ano passado caíram para média de 13,6 mil milhões. A recuperação deu-se entre Abril e Junho, tendo subido para níveis dos 14,2 e 14,5 mil milhões, para depois entre Setembro e Novembro voltar a reduzir para a casa dos 13,1 mil milhões.

Estas reservas do país suportam mais de seis meses de importação ininterrupta, colocando-se assim acima da média de convergência da SADC.

Ainda relativamente às reservas internacionais, a África do Sul registou, até Novembro de 2022, uma acumulação de reservas em cerca de 4,0 por cento, tendo as demais economias registada contracção nas reservas. Realce recai para as Ilhas Maurícias, que apresentaram uma perda acumulada de 21,7 por cento, de acordo aos dados preliminares de Novembro.

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