Fin Adviser

Todas Notícias > ECONOMIA ANGOLANA CRESCEU 3,9 POR CENTO

ECONOMIA ANGOLANA CRESCEU 3,9 POR CENTO

  19 Jan 2023

ECONOMIA ANGOLANA CRESCEU 3,9 POR CENTO

A economia angolana cresceu 3,9 por cento, no 3º trimestre do ano passado, em comparação com o período homólogo de 2021, revelou, na última terça-feira, em Luanda, o Gabinete de Estudos Económicos do Banco de Fomento Angola (BFA).

De acordo com o Gabinete de Estudos Económicos do BFA, trata-se do 6º trimestre consecutivo de crescimento económico e com o ritmo mais elevado, desde o início de 2015.

Segundo o estudo do BFA, a economia não-petrolífera cresceu, no 3º trimestre de 2022, em 4,4 por cento, contra os 4,2 por cento, verificados, no 2º trimestre do ano passado.

Para o Gabinete de Estudos Económicos, a economia petrolífera cresceu em 2,7 por cento, no 3º trimestre de 2022, em relação ao período homólogo de 2021, em que contribuiu positivamente em 0,75 pontos percentuais (p.p), na variação total do Produto Interno Bruto (PIB).

O documento do BFA indica que no período em análise, os sectores de Intermediação financeira que contribuíram com (+41,7 por cento), Transportes (25,8 por cento e Pesca (+12,3 por cento) apresentaram níveis de crescimento superiores aos restantes ramos da actividade económica. O estudo avança que a única queda de crescimento da economia, ocorreu no sector das comunicações com (-8,1 por cento), evidenciando a segunda contracção consecutiva do ano passado, após ter crescido 2,5 por cento, no primeiro trimestre.

De acordo com o BFA, a somar os três primeiros trimestres de 2022, a economia angolana, como um todo, mostra ainda um nível geral de actividade de 2 por cento abaixo do mesmo período de 2019, antes do surgimento da Covid-19.

"Se olharmos só para economia não petrolífera, verificamos que o nível de actividade de 4,8 por cento acima dos níveis de 2019, demonstrando recuperação”, lê-se.

Com estes indicadores, os peritos do BFA estavam à espera que a economia não-petrolífera crescesse mais, e que, os 4,4 por cento, não foram de encontro com as expectativas de um crescimento que rondasse os 6,3 e 6,8 por cento.

"Esse aumento da actividade económica foi consistente com a tendência dos indicadores de alta frequência que acompanhamos, com destaque para o indicador de consumo privado, as importações, depósitos em moeda nacional e crédito ao sector privado”, indica a nota.

De acordo com o Gabinete de Estudos Económicos, o aumento da actividade não-petrolífera adicionou, em conjunto, 3,2 pontos percentuais à taxa de crescimento da economia como um todo, que se fixou em 3,9 por cento.

O estudo indica que o Comércio foi o segundo maior sector que contribuiu para o crescimento do PIB com 16 por cento, Petróleo com 1,8 por cento, no 3º trimestre de 2022, após ter contraído cerca de 5,8 por cento, no 2º trimestre do ano passado.

Segundo o estudo do BFA, este ano, a actividade económica não-petrolífera vai crescer, entre 3,8- 4,3 por cento, com um ritmo de crescimento similar ao de 2022. À economia petrolífera, em 2023, deve ocorrer poucos projectos de novos investimentos no sector, aliado ao preço do barril de petróleo que deverá estar abaixo da média de 2022, 98,5 dólares.

A nota indica que os investimentos previstos para este ano, no sector petrolífero vão estar concentrados, nos blocos 0, 15 e 06, o que vai gerar aumentos de produção não muito expressivos. O estudo acrescenta que estes aumentos devem ocorrer, entre o 3º trimestre e o 4º trimestre de 2023, em que o PIB o crescimento abrandará para um intervalo, entre 1,0 e 1,5 por cento.

تشاندينهو