Um grupo de empresários dos Emirados Árabes Unidos (EAU) emprega 30 milhões de dólares na produção de cinco mil hectares de arroz, em quatro províncias do país, de acordo com informações divulgadas, nesta terça-feira, em Luanda, pelo Ministério da Agricultura e Florestas.
Ao anunciar informações de um balanço da actividade desenvolvida pelo departamento governamental, na semana passada, uma missão do grupo empresarial E20 Investiment do Dubai esteve em Angola a tratar dos investimentos ligados à operação de produção do cereal nas províncias de Malanje, Bié, Cuando Cubango e Lunda-Sul.
A delegação, liderada pelo sultão Aljaheri, que é director executivo da E20 Investiment do Dubai, reconhece em Angola todas as condições necessárias para implementar o projecto de produção de arroz e abacate.
O grupo de empresários, que foi recebido em audiência, na passada semana finda, pelo ministro da Agricultura e Florestas, António Francisco de Assis, pretende também investir na produção de abacate, numa área inicial de 500 hectares.
Para que os trabalhos avancem com sucesso, a E20 Investiment do Dubai tem, em solo angolano, especialistas em agronomia há mais de 90 dias, os quais têm trabalhado em operações de prospecção nas províncias seleccionadas.
Com esta proposta de investimentos, o ministro da Agricultura e Florestas garantiu aos investidores o apoio institucional da parte do Governo angolano, que trabalha arduamente para a materialização dos projectos que visam, essencialmente, os sectores privado, Governo e a agricultura familiar.
"Estamos a fazer todo esforço para o relançamento da produção de arroz no país e já começamos a ter bons sinais, mas ainda não é o suficiente. Precisamos cada vez mais de investidores como a vossa empresa”, frisou António Francisco de Assis dirigindo-se aos empresários emiradenses.
Ministro recebe diplomatas europeus
Durante aquele período, o ministro da Agricultura e Florestas recebeu a embaixadora de França, Sophie Aubert, e o da Holanda, Tsejeard Roelf Hoekstra, os quais garantiram o reforço das parcerias socioeconómicas com o país para o processo da diversificação.
Com Sophie Aubert, o ministro discutiu questões relacionadas com a segurança alimentar, capacitação do capital humano, bem como o Plano de Desenvolvimento Nacional (incluindo questões como infra-estruturas estratégicas para a diversificação e desenvolvimento agro-pecuário).
De acordo com as informações avançadas pelo Ministério da Agricultura e Florestas, Sophie Aubert, que se fazia acompanhar pela directora-geral da Agência Francesa de Desenvolvimento (AfD) e o encarregado de Negócios da Embaixada de França, Catusse Benoit, solicitou que o ministro descrevesse as prioridades do sector, para que se possa decidir investimentos em vários domínios.
diplomata mencionou, contudo, o Programa de Desenvolvimento da Agricultura Comercial (PDAC), como sendo um caso de sucesso financiado pela AfD e pelo Banco Mundial, manifestando satisfação com os resultados do projecto e a expectativa de que seja replicado em todo o país.
O encontro com Tsjeard Roelf Hoekstra, por seu turno, que teve como principal foco a Plataforma Logística do Corredor do Lobito, com o diplomata holandês a declarar o interesse do seu país em desenvolver o sector de produção de frutas tropicais, bem como a exportação de citrinos e de moringa.
O embaixador, que foi à audiência acompanhado pelo assessor económico da Embaixada, Armindo Teuns, anunciou um projecto holandês de assistência a Angola na melhoria do controle Fitossanitário, como parte do apoio técnico à implementação do Sistema de Certificação Electrónica de produtos.
Hoje o Ministério da Agricultura e Florestas apresenta, em Luanda, o balanço das actividades referentes ao ano de 2023 e as perspectivas para 2024, num acto de cumprimentos de fim de ano em que participa o titular do pelouro.