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ANGOLA E EGIPTO COOPERAM NO RAMO DA SAÚDE

  30 Apr 2025

ANGOLA E EGIPTO COOPERAM NO RAMO DA SAÚDE

Angola e o Egipto prevêem alargar a cooperação no ramo da Saúde, com a implantação de uma fábrica privada de medicamentos e equipamentos hospitalares da “Gypto Pharma” no país.

A iniciativa foi divulgada no fim da visita guiada do Chefe de Estado à cidade farmacêutica, com capacidade para produzir anualmente mais de 200 milhões de medicamentos diversos.

O Presidente João Lourenço, acompanhado da Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, e dos membros do Executivo, recebeu das entidades responsáveis pelo sector da Saúde no Egipto informações detalhadas sobre as várias linhas de produção de medicamentos essenciais e os serviços prestados.

A indústria farmacêutica, localizada fora do centro do Cairo, produz medicamentos usados nos cuidados primários de saúde para controlar doenças crónicas não transmissíveis, antibióticos, analgésicos, antipiréticos, e outros para o tratamento de diabetes, hipertensão e doenças de foro neurológico.

Na recta final da jornada na “Cidade Farmacêutica”, o Titular do Poder Executivo manteve encontro com os responsáveis da fábrica e membros do Governo.

Em declarações à imprensa angolana, a ministra da Saúde acrescentou que o Chefe de Estado se mostrou satisfeito, e que apoia estas iniciativas, desde que cumpram com as regras internacionais vigentes.

Mostrou-se , também, satisfeito, com a tecnologia de ponta usada, com qualidade equiparada aos equipamentos mais sofisticado do mercado internacional, contando com fornecedores que produzem medicamentos de altíssima qualidade e com todas as certificações, incluindo a da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Questionada sobre os procedimentos para a instalação de uma indústria com esta dimensão e como seria feita a certificação dos medicamentos, a ministra socorreu-se da Entidade Reguladora para o efeito, a ARMED, que se encontra em fase de maturação. “Mas no caso de ser estabelecida qualquer indústria em Angola, a certificação final tem que ser feita pela Organização Mundial da Saúde”, lembrou Sílvia Lutucuta.

“Já descobrimos nos vários instrumentos reguladores com a OMS, e qualquer uma das questões que for estabelecida em Angola, vai haver certificações competentes da ARMED e validadas, também, pela Organização Mundial da Saúde”, afirmou.

Sobre a infra-estrutura visitada fora do centro, e de iniciativa governamental, em termos de investimento, caso seja implantada em Angola, a ministra disse que a ideia aqui é estimular o investimento privado. “Eles são igualmente específicos no investimento privado. Portanto, além desta indústria, que é estatal, têm outros parceiros privados internacionais renomados que trabalham em estreita colaboração com o Estado egípcio. O investimento privado não é novidade para eles, é uma indústria do Estado, mas rentável”, disse.

A ministra da Saúde avançou que a parte egípcia está preparada para uma visita de constatação ao país, durante a qual vai ser partilhada informação relevante sobre os requisitos necessários para abrir a indústria em Angola, assim como a lista dos principais medicamentos que são importados, uma vez que, por enquanto, tudo é importado. “Eles querem se estabelecer em Angola”, garantiu a ministra Sílvia Lutucuta.

Formação especializada de quadros

A ministra da Saúde anunciou o reforço da cooperação com o Ministério da Saúde da República Árabe do Egipto no âmbito da formação especializada, específica a quadros nacionais neste país. Fruto desta parceria, disse que tem contado com o suporte de vários hospitais universitários para a capacitação dos quadros nacionais.

A governante mencionou os principais ganhos do sector sob sua tutela, e indicou a indústria farmacêutica em Angola entre os principais desafios.

Apesar de não existir um acordo formal com o Egipto, os dois países têm cooperado bastante na formação de quadros e na investigação científica.

Segundo o Ministério da Saúde, os profissionais do sector são beneficiários de formação de curta duração, mas estão abertas as portas para formação de longa duração em especialidades de alta complexidade.

Inaugurada em 2021, a “Gypto Pharma” é considerada a maior cidade farmacêutica do Médio Oriente e quiçá do continente africano. A cidade farmacêutica está construída num espaço de 180.000 metros quadrados, dividida em duas grandes fábricas, que incluem 20 linhas de produção, nas quais são fabricadas todas as fórmulas farmacêuticas, desde comprimidos, cápsulas, efervescentes, xaropes e cremes epidérmicos, por meio da mais alta tecnologia utilizada na fabricação de fármacos em todo o mundo.

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