A primeira fase das obras da Refinaria de Cabinda mantém os prazos iniciais, após os ajustes efectuados por força dos efeitos causados à escala mundial pela pandemia da Covid-19, que forçou a paragem de várias indústrias e o fecho de fronteiras entre as economias.
O Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás reiterou, em comunicado publicado na sua página de Internet, a prontidão do país para entre Abril e Junho ter fechada a primeira fase das obras e fazer arrancar este projecto de elevado impacto económico.
Conforme os dados do projecto, espera-se que durante a primeira fase do projecto, avaliada em 220 milhões de dólares, por uma produção prevista de 30.000 barris diários. Já com a segunda e terceira fases do projecto, cujo desenvolvimento totalizará 700 milhões de dólares, a capacidade de refinação aumentará em mais 30.000 barris diários, passando, deste modo, para 60.000 barris/dia.
O projecto abrangerá uma área total de 313 hectares, mas na primeira fase ocupará apenas 30 hectares. O terreno situa-se a cerca de 3,8 quilómetros da aldeia mais próxima (Malembo). Com este projecto, a Sonangol espera que sejam criados "aproximadamente 2.000 empregos directos e indirectos para a comunidade".
A Refinaria de Cabinda será construída em três fases, sendo que se prevê o arranque da primeira fase, no primeiro trimestre de 2022, "altura em que a Refinaria de Cabinda já estará em condições de cobrir a demanda de combustíveis no país", diz uma nota sobre a consulta pública do projecto.
Na semana passada, durante a realização do Congresso Mundial de Petróleo, na mesma cidade norte-americana de Houston, a comitiva angolana, chefiada pelo secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Barroso, visitou a unidade fabril onde estão em construção os equipamentos para implantar a Refinaria de Cabinda.
No local, renovaram-se as garantias de que tudo se encaminha para que em Março a encomenda seja despachada para Angola, onde se prevê pôr a funcionar já a partir do mês de Abril.