O ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, disse, terça-feira,que com a entrada da Operacionalização da Reserva Estratégica Alimentar (REA) está assegurada uma melhor oferta de bens alimentares a preços justos e equilibrados reduzindo o custo de vida da população.
Victor Fernandes que falava no acto oficial de arranque da Reserva Estratégica Alimentar ressaltou que, como resultado da actuação da REA, os agentes e operadores de distribuição alimentar no mercado nacional vão adquirir e disponibilizar produtos da cesta básica a preços de referência internacional melhorando a qualidade das famílias angolanas.
O titular da Indústria e Comércio fez saber que a operação vai colocar de imediato no mercado, já nesta primeira fase, até 354.000 toneladas de alimentos, aumentando progressivamente até chegar às 520.000 toneladas. "Nesta primeira fase de arranque os produtos a disponibilizar são o açúcar, em sacos de 50 kg, arroz, em sacos de 25 kg e coxa de frango, em caixas de 10 kg”, destacou.
Com esta iniciativa, referiu, o Estado angolano pretende reforçar as políticas e instrumentos de apoio dos operadores que intervêm no mercado alimentar, visando uma redução de até 5% dos preços para o consumidor final.
"Para além das suas funções de estabilização e regulação de preços de bens alimentares a REA será, igualmente, um mecanismo de fomento da produção nacional agindo como comprador do stock dos produtores de cooperativas organizadas e agricultores comerciais”, prosseguiu.
Produtos Por seu turno, o coordenador da Comissão de Gestão do Entreposto Aduaneiro de Angola, Eduardo Machado, informou que se prevê a constituição do stock inicial de pelo menos 354 mil toneladas métricas de produtos.
O responsável esclareceu ainda que o mecanismo da reserva vai permitir ao Governo regular a oferta e procura de bens que fazem parte da cesta básica. "Nesta fase foram seleccionados 11 produtos, nomeadamente, farinha de milho, de bombó, massango, massambala, arroz, feijão, açúcar, óleo alimentar, sal, peixe seco e o frango”.
O objectivo, insistiu, é auxiliar o mercado e trabalhar em estreita colaboração com os operadores da distribuição a grosso e retalho para reforçar os seus stocks caso sofram alguma pressão do mercado em que "a reserva possa intervir na oferta com foco na regulação”. Eduardo Machado sublinhou também que a entidade gestora a REA deve ter um elevado grau de eficiência operacional na gestão do stock para que facilite a comercialização e a rotação dos produtos em harmonia com a procura e oferta.
Quanto às infraestruturas para o armazenamento da reserva alimentar, disse que existe um parque de equipamento público que será usado para este efeito, sublinhando que estão em curso outros investimentos na expansão dos equipamentos para permitir a acomodação de 520 toneladas de produtos. A GESCESTA é responsável pela gestão do processo, que envolve a participação de outras entidades, quer na aquisição, recepção, armazenamento e distribuição dos produtos.