A melhoria dos procedimentos internos na Edições Novembro E.P, no último ano, resultou na redução das reservas do auditor externo de 17 para 12, um marco assinalável na visão do ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social. Manuel Homem presidiu, nesta quarta-feira, a abertura do I Conselho Consultivo alargado da empresa pública de comunicação.
Na ocasião, o governante enalteceu o facto de o Conselho de Administração da Edições Novembro E.P estar a realizar um conjunto de acções do ponto de vista administrativo, financeiro e social que têm impactado positivamente no desempenho da empresa e dos funcionários.
Um outro facto realçado pelo ministro Manuel Homem foi de que as demonstrações financeiras de 2021, durante três trimestres consecutivos apresentam saldos favoráveis bem como a implementação e lançamento do Jornal "Online" e as vendas do PDF do Jornal de Angola, através do pagamento por referência, estarem a resultar numa melhoria da eficiência da empresa. "Estamos a par da situação da empresa e temos trabalhado em conjunto com o Conselho de Administração para encontrar soluções, num ambiente bastante difícil, marcado pela crise internacional provocada pela queda do preço do barril do petróleo, e agora pela pandemia da Covid-19, que abalou até as mais fortes economias mundiais”, sublinhou.
Para o ministro, a modernização técnica e tecnológica da empresa é um imperativo que não deverá ficar para trás, assim como a melhoria das infra-estruturas físicas.
Migração para o digital
A Edições Novembro E.P, proprietária do Jornal de Angola e outros nove (9) títulos informativos, pretende, nos próximos tempos, migrar os conteúdos editoriais para um sistema híbrido que comporte os três paradigmas da comunicação nomeadamente vídeo, áudio e escrita.
Esta intenção foi avançada, esta quinta-feira, pelo presidente do Conselho de Administração da empresa, Drumond Jaime, durante o I Conselho Consultivo da empresa, realizado em Luanda sob o lema "Os Desafios da Implementação das Reformas e o Processo de Digitalização da Empresa".
"Tendo em conta os novos desafios provocados pela pandemia da Covid-19, que levou a procura por jornais digitais, fez a Edições Novembro repensar no modelo de negócio, originando a venda dos jornais online através de pagamento por referência”, destacou o gestor.
No encerramento do evento, o secretário de Estado para a Comunicação Social, Nuno Caldas Albino, disse que a Edições Novembro está a cumprir com os desígnios do Governo previstos no Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022, através da massificação da informação para todo o país.
Conforme reconheceu, a recuperação dos títulos até então paralisados e o lançamento de outros novos jornais regionais respondem ao desafio de levar a notícia para as partes mais distantes do país, cumprindo-se assim também um dos direitos fundamentais dos cidadãos, que é de serem informados. Por essa razão, Nuno Caldas Albino garantiu total apoio do Governo aos processos de modernização em curso na empresa, tendo incentivado que se mantenha o foco na satisfação das necessidades dos trabalhadores.
No evento, presencial para os delegados de Luanda e em modo virtual para as restantes 17 províncias, também participaram os administradores, directores nacionais e trabalhadores das diferentes áreas da estrutura organizacional da empresa. Antes, na abertura, estiveram presentes a acompanhar as entidades oficiais do Governo os presidentes dos Conselhos de Administração da Angop, da Rádio Nacional de Angola, uma administradora dos Correios de Angola e o coordenador editorial da TV Zimbo.