A governadora da província de Luanda, Ana Paula de Carvalho, considerou “um recuo no tempo” os actos de vandalismo e arruaça ocorridos, ontem, em vários pontos da capital do país.
"Queimaram um autocarro, que é um bem público, e impediram as pessoas de chegar aos locais de trabalho”, lamentou a governadora, acrescentando que, apesar dos taxistas estarem a reivindicar os seus direitos, "estão a perder a razão, porque a greve é feita com a paralisação dos serviços”, sem impedir os demais de seguir com as suas vidas ou atear fogo ao autocarro com pessoas no interior.
"Estamos a criar outras situações e não estamos a resolver o que realmente pretendemos”, disse. Até a hora em que falou à imprensa, a governadora afirmou que, apesar dos constrangimentos, a capital já registava alguma acalmia, que devia ser mantida nas próximas horas e dias, enquanto a greve durar.
Ana Paula de Carvalho garantiu que o Governo de Luanda está aberto ao diálogo com as associações de taxistas e com a população, em geral, no sentido de encontrar o melhor caminho para a província.
"Na última sexta-feira, houve um encontro, presidido pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, que abordou todas as essas questões e as soluções, sem a necessidade de partirmos para essa onda de vandalizações, infelizmente nenhum dos associados esteve presente”, disse.