As 1.909 indústrias controladas na província de Luanda, até ao início deste ano, empregam no total 11.858 trabalhadores, 63 por cento (7.503) dos quais estão no município de Viana.
O Pólo Industrial de Viana (PIV) e a Zona Económica Especial (ZEE) são as principais referências quer na empregabilidade quer na oferta de produtos acabados de matriz nacional. Dados do Ministério da Indústria detalham que, depois de Viana, Belas, com 21 por cento (2.479) é o município que se segue em termos de empregos gerados.
A lista é ainda integrada por Cacuaco, que tem 8,0 por cento (946) do agregado, Luanda surge com 4,0 por cento (511) e Cazenga com cerca de 4,0 (419) postos de trabalho gerados. Quanto aos sectores que mais têm instalados fábricas na capital do país, o alimentar e de bebidas, com 34 por cento é o mais representativo. Segue-se o de materiais de construção, com 20 por cento da quota de mercado e o de Têxteis e vestuário, com 12 por cento, no top três do ranking.
Embora com percentual menor, ainda assim, a presença das indústrias da Madeira e Mobiliário (11 por cento), Metalúrgica de base e produtos metálicos (8,0 por cento), Química e farmacêutica, (5,0) e a de Reciclagem também com 5,0 por cento complementam o controlo dos sectores mais representativos da indústria na capital do país.
Cazenga desperta o potencial
O município do Cazenga está a despertar a vocação industrial que desde os tempos antigos ostentou. Além de já ter sido o mais populoso da capital, o Cazenga também já foi o mais industrializado.
De acordo com uma reportagem recente da Televisão Pública de Angola, por ocasião das celebrações a 25 deste mês, de mais um ano da data de fundação da capital, estão registadas no município 130 indústrias.
Apesar de fortemente dominada, hoje, pelo comércio, com os armazéns de venda de roupas usadas (fardo) e bens alimentares no centro, a presença de indústrias como a Nestlé, com produção de mais de mil toneladas de leite e de papá - cereais de Nestum, e, mais recentemente, a retoma da produção da Textang II, o Cazenga assume-se como um potencial ponto industrial na capital com reflexo directo na geração de empregos de cidadãos do município e zonas vizinhas. Por exemplo, as míticas unidades de produção de cervejas Cuca e Nocal, bem como a reprografia da empresa Edições Novembro E.P, que edita o Jornal de Angola e mais outros 10 títulos entre regionais e outros de especialidade, são referência da resistência da indústria de Luanda.