As três empresas que constituem, actualmente, a Associação de Produtoras de Trigo asseguram que a capacidade instalada no país suporta a procura anual de cerca de 650 mil toneladas de farinha estimada pelo Ministério da Indústria e Comércio como total do consumo nacional.
Trata-se das empresas Kikolo Moagens, Carrinho Indústrias e Grandes Moagens de Angola, que, em conjunto, têm uma capacidade de produção instalada de 800 a 840 mil toneladas de farinha de trigo/ano. Dados obtidos adiantam que para dar resposta a um eventual défice real existente, a Associação pretende, para já, que seja confirmado o consumo real de farinha de trigo no país.
"A informação que recolhemos junto do órgão público que tutela a nossa actividade, que é o Ministério do Comércio e Indústria (MINCOM), é que o consumo anual ronda as 600/650 mil toneladas. Se assim for, com as actuais associadas a produzirem no máximo da sua capacidade, não deverá haver défice no mercado”, escrevem numa nota solicitada pelo Jornal Economia & Finanças, repassada ao Jornal de Angola.
A Associação, presidida pelas Grandes Moagens de Angola e com a Kikolo Moagens na vice-presidência, assume-se como organização aberta a novos membros, naturalmente, para que com isso consiga defender e aumentar em conjunto a produtividade do sector.
A Associação assume que nem toda a importação é consumida no território nacional. Apesar da matéria-prima (trigo em grão) ser totalmente importada, a farinha de trigo é nacional, derivada de todo um processo de moagem nacional, com incorporação de mão-de-obra local.