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RETIRADA DE SUBSÍDIO AOS COMBUSTÍVEIS AINDA NÃO É RECOMENDÁVEL

  21 Feb 2022

RETIRADA DE SUBSÍDIO AOS COMBUSTÍVEIS AINDA NÃO É RECOMENDÁVEL

A eliminação, neste momento, do subsídio aos combustíveis pelo Governo é ainda não recomendável, tendo em conta a inflação elevada, o nível elevado do desemprego e as dificuldades que as empresas angolanas já enfrentam no dia-a-dia para operar.

Esta é a visão do Fausio Mussá, economista-chefe do Standard Bank, durante uma apresentação "on line” do 1º Briefing Económico, quando respondia às dúvidas colocadas por um internauta.

"Penso que o Governo angolano tem sido muito prudente do ponto de vista do impacto das reformas sobre o orçamento do cidadão, tem comunicado que pretende fazer uma transição gradual”, acrescentou, lembrando que num primeiro momento o Governo tem feito transferências monetárias para as famílias mais vulneráveis e "provavelmente, só depois de a inflação estabilizar é que iremos assistir a uma reforma do preço dos combustíveis”.

Este ano, "espera-se que Angola continue a utilizar algum excedente fiscal para continuar a suportar esta despesa”, complementou.

Angola tem dos preços mais baixos entre os países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) devido à subsidiação dos combustíveis, com os quais despende mais de mil milhões de dólares anuais (882 milhões de euros).

A retirada dos subsídios era uma das exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI) que, no entanto, acabou por não ser concretizada durante o programa de assistência financeira cuja sexta e ultima avaliação foi concluída em Dezembro.

Fausio Mussá realçou que o programa do FMI foi bem sucedido e ajudou a dar credibilidade às reformas do Governo angolano, melhorando a comunicação com os investidores estrangeiros.

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