Angola destacou, nesta terça-feira, que a Cimeira de Chefes de Estado e de Governo do Fórum de Países Exportadores de Gás (GECF) continuará a desempenhar um papel fundamental no cumprimento da Agenda 2030 para os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, bem como na mitigação das mudanças climáticas em consonância com o Acordo de Paris.
Esta informação foi avançada pelo embaixador Extraordinário e Plenipotenciário de Angola nos Emirados Árabes Unidos, Albino Malungo, ao discursar na 6ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo do Fórum de Países Exportadores de Gás (GECF), que decorre em Doha, capital do Qatar, em representação do Presidente da República, João Lourenço.
Para o diplomata angolano, esta cimeira acontece num momento crucial, em que nos esforçamos para recuperar de uma pandemia sem precedentes que prejudicou profundamente as economias e a condição social dos povos de todo o mundo, principalmente nas regiões mais vulneráveis.
\"Como é de vosso conhecimento, a Declaração de Malabo de 2019 dos Chefes de Estado e de Governo do Fórum de Países Exportadores de Gás sublinhou a recomendação no sentido do Fórum fortalecer a cooperação com os países africanos, onde milhões de pessoas têm pouco ou nenhum acesso à eletrificação e combustível doméstico, para que o uso do gás natural seja a principal fonte de energia", recordou.
Tratando-se, prosseguiu, de um Fórum que reúne 18 grandes produtores de gás natural a nível mundial, representando globalmente mais de 70% das reservas comprovadas de gás natural, estamos confiantes de que, através de uma reforçada colaboração com base na igualdade e no respeito mútuo, o GECF continuará a desempenhar um papel fundamental no cumprimento da Agenda 2030 para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, bem como na mitigação das mudanças climáticas em consonância com o Acordo de Paris.
O GECF procura construir um mecanismo para um diálogo mais significativo entre produtores e consumidores de gás em prol da estabilidade e segurança da oferta e demanda nos mercados globais de gás natural. Fazem parte como Membros do Fórum a Argélia, Bolívia, Egipto, Guiné Equatorial, Irão, Líbia, Nigéria, Qatar, Rússia, Trinidad e Tobago e Venezuela. Angola, Azerbaijão, Iraque, Malásia, Noruega, Peru e Emirados Árabes Unidos têm o estatuto de Membros Observadores.
Os países membros representam 71% das reservas mundiais comprovadas de gás natural, 43% da sua produção comercializada, 58% das exportações de GNL e 52% do comércio de gasodutos em todo o mundo.