Angola e Polónia avaliaram o estado das relações, num encontro que serviu também para passarem em revista as consequências internacionais do conflito entre a Federação Russa e a Ucrânia, com particular incidência à situação dos angolanos nas áreas afectadas pela contenda naquela parte da Europa do Leste.
Em comunicado o Ministério das Relações Exteriores refere que tem estado a acompanhar a situação da comunidade angolana residente na Ucrânia e a trabalhar, afincadamente, com as suas representações diplomáticas acreditadas na Federação Russa, Polónia, Sérvia e Hungria para a evacuação dos compatriotas nas áreas afectadas.
Por esta razão, segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores, Téte António, recebeu, em audiência, Piotr Józef Mysliwiec, embaixador da Polónia em Angola, abordou, além do conflito russo-ucraniano, aspectos ligados ao reforço da cooperação bilateral, questões regionais e internacionais.
Angola e Polónia têm assinados vários instrumentos jurídicos, com destaque para o Memorando de Entendimento sobre Consultas Políticas, acordo de cooperação nas áreas de Investigação Científica e Ensino entre as universidades Kimpa Vita, no Uíge, e a Agrária de Cracóvia, na Polónia, e a terceira fase de construção da Academia das Pescas e Ciências do Mar do Namibe, ao abrigo do protocolo assinado em Março de 2017, com fundos disponibilizados pelo país europeu.
Ambos Governos perspectivam a assinatura de outros instrumentos jurídicos, nomeadamente, nos domínios da Cultura, Geologia e Minas, Ambiente, bem como entre os institutos geológicos dos dois países.
As relações políticas, diplomáticas e de cooperação entre Angola e a Polónia tiveram início em 1976, com a assinatura do Acordo Geral de Cooperação Económica, Técnico-Científica e Cultural, tendo sido reforçadas com a Declaração sobre o Fortalecimento da Amizade e Cooperação, de 24 de Abril de 1997.