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RÁCIO DA DÍVIDA CAI PARA 84 % DO PIB

  25 Mar 2022

RÁCIO DA DÍVIDA CAI PARA 84 % DO PIB

O ministro de Estado para a Coordenação Económica afirmou, esta quinta-feira, em Bruxelas, que o rácio da dívida caiu de 121 por cento do PIB, em 2020, para 84 por cento, em 2021, naquela que é a primeira declaração pública do Governo sobre a trajectória da dívida no ano passado.

Manuel Nunes Júnior, que falava no 1º Fórum Empresarial Angola-União Europeia, realizado na capital belga, para descrever a evolução recente da economia angolana e os esforços do Governo para criar um ambiente de negócios atractivo para o investimento, acrescentou que a dívida mantém uma trajectória descendente, com o objectivo de atingir um rácio em relação ao PIB não superior a 60 por cento.

O responsável também destacou a evolução da conta corrente da balança de pagamentos que, de deficitária até ao ano de 2017, passou a ter saldos positivos em 2018 e 2019, sendo-o também em 2020 (mesmo nas condições económicas difíceis daquele ano) e em 2021.

Segundo Manuel Nunes Júnior, com a introdução de um regime flexível, depois de 2017, "as transacções cambiais tornaram-se mais seguras e previsíveis, não havendo quaisquer restrições na transferência de dividendos para aqueles que investem em Angola”.

No final de 2021, prosseguiu, o Kwanza apreciou-se 18,24 por cento face ao dólar no mercado primário, tendo o "gap” entre o mercado secundário e o informal de divisas reduzido de 150 por cento no final de 2017, para menos de 12 por cento presentemente.

Aliás, notou o ministro, "esta evolução no sentido da remoção dos desequilíbrios internos e externos da economia angolana levou a que todas as avaliações do FMI em relação ao programa de três anos que desenvolveu em Angola tenham sido sistematicamente positivas”.

O ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, declarou à imprensa, à margem do fórum, em Bruxelas, que Angola quer as relações mais intensas e ser destino de investimento do bloco, que garante ter linhas de financiamento disponíveis.

O ministro também valorizou as abordagens consagradas ao acesso ao mercado europeu, onde se discutiram as formas de "encontrar parceiros europeus que estejam interessados em comprar produtos angolanos, pois, temos um mercado europeu interessado em frutas tropicais”.

Mário Caetano João disse também que há a possibilidade de explorar as franquias, tendo angolanos radicados na Europa como ponte para que empresas europeias possam internacionalizar no mercado angolano.

A chefe da Delegação da União Europeia em Angola, Jeannette Seppen, anunciou um "Programa Plurianual Indicativo que tem 275 milhões de euros para os próximos anos”, como foco "na diversificação económica, na governação e no desenvolvimento do capital humano”.

Jeannette Seppen voltou a sublinhar que Angola deve explorar a iniciativa "Global Gateway, que tem uma componente financeira de 300 mil milhões de euros para o continente africano, incluindo Angola”.

Logística de frio apoia exportação de frutos

A Agência Reguladora de Certificação de Carga e Logística de Angola (ARCCLA) e o holandês Consórcio Flying Swans assinaram, ontem, um memorando de cooperação para o desenvolvimento de projectos de uma cadeia logística de frio para apoiar a exportação angolana de fruta.

Isso é anunciado num comunicado em que o Ministério dos Transportes nota que, apesar de Angola ter um enorme potencial para produção de frutos para exportação, como abacate, manga e citrinos, os produtores enfrentam constrangimentos logísticos que limitam o acesso aos mercados exportadores altamente lucrativos.

O comunicado indica que o memorando de entendimento também estabelece o apoio do consórcio holandês ao desenvolvimento de uma Estratégia Logística Nacional, com a implantação de infra-estruturas da cadeia logística de frio em Angola.

Isso inclui a implementação de um projecto piloto para demonstração da importância das infra-estruturas logísticas de frio ou temperatura controlada para fins de exportação, segundo um comunicado do Ministério dos Transportes.

O memorando estabelece, ainda, iniciativas para desenvolver um projecto piloto da futura rede, incluindo uma descrição detalhada dos papéis e responsabilidades operacionais e financeiras das partes envolvidas.

De acordo com o comunicado, a parceria entre o Consórcio Flying Swans e a ARCCLA data de vários anos e tem o apoio dos Governos da Holanda e Angola.

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