O ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social afirmou, segunda-feira, que, em ano de eleições, o Executivo tem feito um investimento significativo nas empresas do sector público, visando dotá-las das melhores condições tecnológicas para o tratamento da informação de maneira actual, responsável e independente.
Manuel Homem, que falava na abertura de um seminário sobre coberturas eleitorais, promovido pela Televisão Pública de Angola, em Luanda, acrescentou que hoje a velocidade da informação exige presença em vários lugares e apenas a tecnologia pode garantir que chegue a todos, de maneira indistinta.
Falando para coordenadores, editores, jornalistas e apresentadores, o governante considerou importante a preparação das eleições de 2022 e destacou a iniciativa em promover formação integrada aos trabalhadores da Televisão Pública de Angola, por responder à necessidade de adequar a actividade aos desafios de uma das maiores conquistas de um povo: a liberdade de, nas urnas, expressar a vontade e escolher os representantes para dirigir o país.
De acordo com Manuel Homem, Angola entra numa fase de consolidação da democracia: "Já estamos perto de celebrar trinta anos desde a realização das primeiras eleições gerais em Angola. Em três décadas, o nosso país lançou a semente da democracia, edificou as bases de uma vida social plural e está a consolidar o funcionamento das instituições. Ao longo deste período, a Televisão de todos nós acompanhou as transformações e soube responder aos desafios”, disse.
Sublinhou a necessidade da responsabilidade das acções, pois "a comunicação social pública tem de estar do lado da verdade e construir um sentido de nação patriótica”, além de realçar a independência, por ser a bandeira do jornalismo. "O sector que dirigimos vai manter-se vigilante e actuar dentro dos limites da lei para garantir que as empresas de comunicação social exerçam o seu trabalho no melhor interesse do país”, frisou.
Segundo o ministro, o investimento na transformação digital da Televisão Pública de Angola mostra a importância que a estação representa para o país, referindo que isso decorre, precisamente neste período, a fase da montagem e dos testes das soluções tecnológicas que irão mudar num futuro quase presente, a forma de fazer televisão em Angola.
"E, quando a tecnologia estiver disponível, vai encontrar profissionais capazes não apenas de operar, mas de conservar e gerar conteúdos de que a sociedade precisa: informação actual, entretenimento responsável e formação cívica para todos. É também responsabilidade da TPA participar, activamente, na moralização da sociedade, na criação do sentimento de protecção dos bens públicos e do respeito à opinião contrária”, reforçou.