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REFINARIA  DE OURO PROJECTADA  COM PARCEROS  PORTUGUESES

  18 Apr 2022

REFINARIA DE OURO PROJECTADA COM PARCEROS PORTUGUESES

Angola implanta uma refinaria de ouro projectada pelo Governo e parceiros portugueses, anunciou o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, dando conta que o modelo da processadora foi encontrado em Portugal e está adaptado ao nosso país, onde a produção aurífera é reduzida.

Diamantino Azevedo revelou o projecto no arranque da Jornada do Trabalhador Mineiro, que o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás promove de 11 a 27 do corrente mês, insistindo em que a unidade projectada "adapta-se à realidade de Angola, uma vez que as quantidades de ouro também ainda não são muito significativas”.

Diamantino Pedro Azevedo disse, por outro lado, que o sector dos Recursos Minerais pretende maximizar os resultados da actividade de exploração de ouro em curso, a fim de aumentar a sua contribuição na geração de riqueza para o país. O governante deplorou a exploração ilegal de ouro, muito em voga no município do Chipindo, província da Huíla, tendo como protagonistas garimpeiros nacionais e estrangeiros.

A novidade dada pelo ministro é de que, além de Cabinda e Uíge, onde já se realizam actividades de exploração, o Huambo também entra no mapa das regiões com reservas provadas de ouro.

Conforme afirmou, Angola voltou a produzir ouro e o Governo está atento à possibilidade de o produto ser refinado no país, sendo esse um dos motivos que fez com que fossem visitadas, recentemente, refinarias de ouro no Dubai, Emirados Árabes Unidos.

Ao falar, em Outubro, no 1º Seminário sobre Mineração em Angola, Diamantino Azevedo disse que o país contava, naquela altura, com 28 projectos licenciados para a exploração de ouro, com 20 em fase de prospecção e oito já com títulos de exploração, dois dos quais tinham iniciado a comercialização.

O ministro declarou, naquela ocasião, que início da produção de ouro em Angola, em 2019, constitui um marco para que o país ocupe um lugar na lista dos maiores produtores do minério, onde se situa a China, Austrália, Rússia, Estados Unidos, Indonésia, Perú, Canadá, Ghana, México e Cazaquistão..

Regresso da De Beers

O regresso da De Beers ao mercado angolano continua a ser um assunto em discussão pelas partes, assegurou o ministro.

Diamantino Azevedo lembrou que, aquando da visita ao Dubai, em Fevereiro, manteve um encontro com Bruce Cleaver, presidente executivo da diamantífera De Beers, com quem abordou assuntos comuns ao Governo e à companhia.

O ministro adiantou, na ocasião, existirem contactos regulares com a diamantífera sul-africana e que foi já criada uma comissão que negoceia o regresso da De Beers a Angola.

O arranque da Bolsa de Diamantes de Angola está previsto para o final deste ano, para substituir, parcialmente, "aquilo que faz actualmente a Sodiam”, já que o "processo de comercialização passará para a bolsa, conferindo maior transparência às vendas e mais ganhos para o Estado”, segundo Diamantino Azevedo.

Na ocasião, o ministro reiterou que a Sodiam "será reguladora e, juntamente com a Endiama, será accionista da Bolsa”.

Foco nos diamantes

O ministro Diamantino Pedro Azevedo disse, também, que a exploração diamantífera vai continuar a orientar o foco do sector, sem perder de vista a entrada de outros recursos na lista de minerais com potencial de produção, como são os casos do hidrogénio, terras taras, manganês e magnésio.

Nisso, disse o ministro, a orientação está virada para o apoio aos produtores e consequente aumento da produção. Por exemplo, mais de 800 cooperativas receberam, nos últimos anos, licenças para a exploração de diamantes.

Diante deste quadro de bastantes desafios, um estudo sobre a competitividade da indústria mineira angolana vai ser recomendado para os próximos anos.

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