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INSTITUTO  ANGOLANO  DE ONCOLOGIA REGISTA 178 CASOS DE CANCRO DA MAMA

  14 Oct 2022

INSTITUTO ANGOLANO DE ONCOLOGIA REGISTA 178 CASOS DE CANCRO DA MAMA

Um total de 178 casos de cancro da mama foi diagnosticado, durante o primeiro semestre deste ano, pelo Instituto Angolano de Oncologia, informou, esta quinta-feira, a directora clínica da instituição.

Sales Cândido, que falava no quadro do Outubro Rosa, mês dedicado ao combate ao cancro, lamentou o facto de, no referido período em análise, o instituto ter registado 15 mortes.

Neste momento, disse a directora clínica, o cancro da mama continua a liderar as estatísticas dos vários tipos de câncer diagnosticados na unidade oncológica, com cerca de 50 porcento dos casos.

Sales Cândido frisou que, em 2019, o instituto registou 261 casos, sendo que três destes estavam relacionados a homens, enquanto no ano transacto, os números apontavam para 295 pacientes, com 50% das mulheres a chegarem já num estádio bastante avançado da doença.

"Nestes casos, o desfecho nem sempre é favorável. E, quando o é, o tratamento é muito mais demorado, porque, muitas vezes, o cancro já se ramificou para outras partes do corpo”, explicou a médica.

Por isso, avançou, antes da cirurgia, essas pacientes são submetidas a tratamentos com quimioterapia e radioterapia, para se reduzir o tamanho do nódulo, o que faz levar mais levar mais tempo no combate ao problema.

Questionada sobre a média de idade das pacientes com cancro da mama, a responsável salientou que começam a partir dos 20 anos, mas, maioritariamente, são pessoas com mais de 40 anos.

Sales Cândido, que é especialista em Oncologia Clínica, explicou que, em termos de consultas de rastreio do cancro da mama, houve uma redução de casos, desde 2019, devido às restrições impostas pela Covid-19. "Na verdade, passou-se a priorizar mais os pacientes determinados como oncológicos, para se evitar que os nódulos se ramifiquem rapidamente”.

Cerca de 50 pacientes por dia

A oncologista clínica revelou que, actualmente, as consultas de rastreios já recomeçaram, numa altura em que a média é de cerca de 50 mulheres por dia.

Explicou que, quando se nota algum caso suspeito, são exigidos exames necessários para o diagnóstico, entre os quais o de mamografia, raio X do tórax e biopsia, para se confirmar a extensão da lesão, e, algumas vezes, pede-se, também, uma tomografia.

Sales Cândido sublinhou que, em termos de diagnósticos, o Instituto de Oncologia está a funcionar a 90 por cento, porque apenas os exames de mamografia é que não estão a ser realizados, devido à avaria do aparelho.

Para colmatar essa lacuna, os pacientes que necessitam de fazer exames de mamografia são encaminhadas para o Hospital Américo Boavida ou a outras unidades de saúde.

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