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CANAL DO CAFU MANTÉM FUNCIONAMENTO NORMAL

  09 Feb 2023

CANAL DO CAFU MANTÉM FUNCIONAMENTO NORMAL

O director do Instituto Nacional dos Recursos Hídricos, do Ministério da Energia e Águas, Narciso Ambrósio, garantiu, quarta-feira, no Cunene, que o Canal do Cafu está a funcionar normalmente, estando em carga de água, incluindo as chimpacas.

O deslocamento das placas numa das sessões do canal, disse, não impede o funcionamento normal da estrutura. Para evitar situações semelhantes no futuro, garantiu, vai ser feita uma intensificação da monitorização ao longo do canal e pontualmente dar-se respostas em função das necessidades que se impuserem doravante.

A equipa que esteve a fazer o levantamento dos aspectos técnicos, disse, informou que a situação ocorreu no canal condutor principal, em consequência das chuvas intensas dos últimos dias. "A intensidade das águas provenientes das chanas foi tanta que houve o rompimento da barreira de protecção do canal e como consequência o deslocamento das placas. Estamos a trabalhar para atenuar, no futuro, situações semelhantes”, afiançou o director do Instituto Nacional dos Recursos Hídricos.

Narciso Ambrósio referiu que após o levantamento feito, a equipa técnica, constituída pelo empreiteiro e fiscais da obra, decidiram iniciar as primeiras intervenções de emergência para acautelar mais danos. "Assim que terminar a época das chuvas haverá uma intervenção muito mais profunda, com maior precisão técnica”, adiantou.

Este ano, afirmou, está a ser considerado, no Cunene e nas regiões próximas, como sendo uma época hidrológica excepcional, com a ocorrência de chuvas regular, acto que acontece a cada dez anos.

Um motor de impulso para a agricultura

A construção do sistema de transferência de água do rio Cunene, a partir da localidade de Cafu, no município de Ombadja, por via de um canal aberto que liga às zonas de Cuamato, Dombondola e Namacunde, impulsionou a actividade produtiva na região, dadas as potencialidades de terras agricultáveis ao longo do trajecto.

Com uma extensão de aproximadamente 157 quilómetros de canal aberto e um conjunto de 30 chimpacas, o projecto orçado em 44.358 milhões de kwanzas, o canal tem ajudado a irrigar milhares de hectares de terras aráveis e beneficiar milhares de habitantes, assim como 250 mil cabeças de gado.

No total são 160 famílias que já beneficia das águas do canal para a prática de agricultura numa área de três mil hectares de cultivo.

Com a entrada em funcionamento do canal, reduziu-se a distância antes percorrida pelos criadores de gado, à procura de condições para salvar os animais, assim como já não se regista o abandono escolar de crianças, que eram obrigadas a acompanhar os progenitores às zonas de transumância, reduzidas devido a abundância de água.

Escolas de campo

Actualmente, 120 famílias camponesas, residentes ao longo do canal do Cafu, estão organizadas em 16 agrupamentos habitacionais (kimbos), no âmbito de um programa implementado pelo Gabinete Provincial da Agricultura e Pescas.

Os camponeses associados ao longo do percurso do canal beneficiaram, também, de tractores, sistema de rega, sementes diversas, motos-cultivadoras e enxadas, para a prática da agricultura, visando a diversificação da economia, combate à fome e redução da pobreza.

O objectivo das escolas de campo é ajudar os camponeses a adoptar técnicas para melhorar a actividade agrícola, desde a fase de se-menteira, crescimento, amadurecimento e colheita.

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