As primeiras cirurgias para a remoção de quistos na mama, guiada por ecografia às mulheres que aguardavam há mais de um mês em lista de espera, começaram a ser feitas nesta segunda-feira, em Luanda, no Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-Pulmonares, Cardeal Dom Alexandre do Nascimento (CHDCP).
Ao presidir o acto de abertura da campanha de cirurgias, a directora clínica do CHDCP, Francisca Kifica, disse que o procedimento é minimamente invasivo e tem duração de dez a quinze minutos, e, por dia, pretende-se operar 50 mulheres de uma lista de espera de 200 pacientes até ao término da campanha marcada para o dia 27 do corrente mês.
Francisca Kifica frisou que se pretende tratar e mostrar à sociedade que além do diagnóstico que é feito pelo serviço de Radiologia, também pode ser feito a terapia com equipamentos modernos e técnicas menos invasivas.
De acordo com a médica, que é especialista em cardiopneumologia, o CHDCP é de nível nacional e abrange mulheres dos 20 a 50 anos com diagnóstico de quisto da mama previamente elaborado com o seu relatório e histórico da doença”.
Em relação aos sintomas, a directora clínica disse que o quisto da mama pode ser assintomático, variando de pessoa a pessoa, por ser colecções líquidas contidas num saco a nível da glândula mamária e que chega a ser incômodo para algumas mulheres.
“Apelamos às mulheres a procurarem pelos serviços médicos para saberem do seu estado. As que já foram diagnosticadas e pretendem fazer a cirurgia, a unidade sanitária está disponível”, realçou.
Médico radiologista
O médico radiologista Celestino Delgado referiu que o objectivo da ablação do quisto da mama é destruir o revestimento interno do quisto mamário epitélio secretor, por meio do uso de etanol absoluto para impedir a reacumulação de liquido e oferecer uma solução segura, eficaz e acessível para as mulheres com quistos mamários sintomáticos guiados por ecografia.
O especialista explicou às pacientes que serão submetidas a uma avaliação clínica e ultrassonográfica de confirmação para a indicação do procedimento, por meio de uma equipa multidisciplinar mobilizada, para garantir o êxito deste importante rastreio e tratamento preventivo.
Paciente satisfeita
Jéssica Kizomba, de 26 anos, diagnosticada com a doença há um mês, disse que no início sentia desconforto no coração, que parecia com problemas cardíacos. Após consultar um médico especializado, foi informada que padecia da patologia.
Ao saber da campanha, Jéssica Kizomba acorreu ao hospital e foi uma das primeiras pacientes a beneficiar do procedimento. “Agora me sinto mais aliviada e agradeço muito a iniciativa desta unidade de saúde.
Até ao momento do fecho deste jornal já tinham sido operadas 14 mulheres.