Um total de 600 pequenos produtores de algodão na província de Malanje foi seleccionado para começar, a partir de Janeiro do próximo ano, fornecer algodão à unidade industrial da Textang II, localizada no município do Cazenga, em Luanda.
Segundo o presidente do Conselho de Administração do grupo empresarial Investimentos e Participações (IEP), Jorge do Amaral, os camponeses começam a produzir a principal matéria-prima, numa área de 10 mil hectares, e fornecer à Textang II, para que num período de três anos, 100 por cento do algodão utilizado na unidade fabril seja de produção nacional.
"Por questões climatéricas, em Angola, o algodão começa a ser produzido a partir do mês de Janeiro, dai termos já seleccionado 600 famílias camponesas que cada uma terá dois hectares para a produção de algodão, com acessória técnica e gestão da IEP, para que a produção seja um sucesso e tenha rentabilidade para fornecer a principal matéria-prima à unidade industrial da Textang II”, explicou, terça-feira, à margem da 36ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA).
Para Jorge do Amaral, principal gestor da companhia que detém a Textang II, a FILDA representa a maior montra de exposição das empresas, onde o sector têxtil angolano está a aproveitar a oportunidade para mostrar as potencialidades da produção nacional.
"É a primeira participação da Textang II na FILDA e estamos entusiasmados para que a nossa empresa seja o motor da reactivação da indústria têxtil nacional”, referiu, acrescentado que a fábrica conta com uma produção de mais de 200 mil metros de tecido por mês e uma mão-de-obra de 250 trabalhadores.