Mais de 20 empresários, entre nacionais e estrangeiros, que actuam na área de hotelaria e de restauração, manifestaram interesse em participar da privatização de 39 unidades hoteleiras das redes UI, IKA e BINA, que será lançado nos próximos dias.

As intenções foram expressas nesta quinta-feira em Luanda durante uma sessão de consulta à classe empresarial, cujo principal objectivo foi discutir os procedimentos a serem considerados para a participação activa dos mesmos.

Por enquanto, ainda não foi divulgada a data em que os investidores poderão enviar as suas candidaturas ao Instituto de Gestão de Activos e Programa de Participações do Estado (IGAPE).

No entanto, foi informado que os hotéis em questão estão localizados em 15 províncias no país. Dos 39 activos a serem vendidos, 28 pertencem à rede IU, 10 à rede IKA e uma unidade pertence à rede BINA.

A maioria das unidades está concentrada nas províncias do Leste, especialmente na Lunda-Norte, Lunda-Sul e Moxico. As restantes estão localizadas nas províncias do Namibe, Moçâmedes, Tombwa, Lubango, Benguela, entre outras regiões.

As unidades hoteleiras da rede IU foram construídas numa área de 3.760 metros quadrados, com sete andares e 60 quartos, classificadas como três estrelas. Entre as 28 unidades existentes, 15 estão paralisadas em nove regiões do país.

Já as unidades da rede IKA foram construídas numa área de 10.950 metros quadrados, com seis andares, 150 quartos e com categoria de quatro estrelas. Em termos de execução, uma está em funcionamento na província de Luanda, três estão paralisadas e seis estão inacabadas.

A privatização do concurso público por via electrónica terá um prazo máximo de dois meses, com o objectivo de permitir a participação dos interessados no programa, especialmente nas visitas às instalações. Após a realização na plataforma, o leilão terá um período de 24 horas. Quanto ao termo de transferência da propriedade dos hotéis, o prazo mínimo será de 1 ano.

Reacções

Numa cerimónia com mais de 20 empresários, destaque para a reacção de Paula Dias, da rede de hotéis Chic Chic, que afirmou que "o processo é favorável e, quanto aos requisitos, a rede tem condições e capacidade para atender às expectativas".

Por sua vez, o presidente da Associação dos Resorts e Hotéis de Angola (AHRA), Ramiro Barreira, enfatiza a necessidade de "mais unidades hoteleiras para dinamizar ainda mais o sector”.

Relativamente às regras do processo, Augusto Caliquemala, administrador do IGAPE, assegura que serão respeitadas todas as normas jurídicas e os procedimentos necessários para o sucesso do concurso.

Augusto Caliquemala, que reafirmou o compromisso desde o início do PROPRIV, exorta os empresários a participarem activamente no processo, aproveitando as oportunidades de investimento disponibilizadas pelo Governo.